terça-feira, 1 de setembro de 2009

Filósofos não amam


*Texto baseado nas teses de Marx e Engels

A construção da família surgiu com a propriedade privada, assim como o conceito de monogamia, uma vez que era necessário saber quem era filho de quem na sociedade estamental. Desta forma, figuras ligadas às relações familiares também surgiram como a mulher adúltera, o homem traído, e etc.

Conclui-se então que os sentimentos são socialmente construídos da mesma forma, inclusive o amor e a necessidade da posse. Por um lado tenho que concordar, já que nas sociedades primitivas os homens não tinham essa consciência e deixavam tudo para trás, eram nômades por natureza. Mas será mesmo que os sentimentos são socialmente construídos de acordo com a mudança dos tempos?

Não é possível que o gostar, o amar tenham se modificado por meras transformações logísticas. Gostar de uma pessoa vai além do tamanho da liberdade que alguém possa ter. as relações interpessoais, assim como os meios de produção são característicos de épocas específicas mas os sentimentos são universais e imutáveis.

Duvido muito que Marx e Engles tenham levado todas as suas teses à ferro e fogo. Acredito utopicamente que o amor pode sim ser monogâmico in natura e que é impossível misturar paixão com revolução do proletariado.